Se não podes remar, veleja... Se não podes velejar... planta uma árvore!
Não podendo continuar a travessia à vela, o Paraguaçú une-se ao projeto 'Plantar uma árvore':
http://www.plantarumaarvore.org/. Afinal, o principal propósito do projeto era/é a proteção da floresta.
If you can not row, sail... If you can not sail... plant a tree!
Not being able to keep sailing across the Atlantic, the Paraguaçu project unites efforts with 'Plantar uma árvore' project: http://www.plantarumaarvore.org/. After all, protecting the forest was the purpose of the whole action.
A viagem à vela:
Parece que o meu limite geográfico se situa na latitude do Cabo Verde (linha que vai do cabo Verde no Senegal até ao sul das ilhas de Cabo Verde). Onde consigo chegar, no entanto, não é o mais importante. Quantas pessoas alteram a sua atitude no sentido de passar a contribuir para a proteção da floresta, talvez seja.
A curta viagem à vela (9 dias entre Tenerife e Mindelo mais um dia entre cada uma das ilhas de Cabo Verde) foi muito pouco divertida: a minha 'latitude limite' foi marcada por um Adamastor que soprou intensamente...
não de fora mas desde dentro do barco.: era uma
'adamastora', e mandava-me cada tempestade!!! Uma pessoa desequilibrada e mesquinha, presente a
bordo, pode marcar negativamente toda uma viagem e, justamente, havia uma que não estava nada interessada
nas questões de defesa da floresta (dizia-se
obsessiva com a comida, mas na verdade era pouco mais que isso). Enfim, de facto, foi um alívio abandonar aquela embarcação mal
governada. O lado positivo de tudo foi a observação de tal carácter, que servirá
para ilustrar um personagem do meu novo livro, a anunciar brevemente -
‘Conversas do além’.
O mais chato da viagem (depois de ter que aturar
a pequena Adamastora): os turnos da noite a tentar manter o barco no rumo com o
piloto manual (não havia carga nas baterias para utilizar o automático) e sem
luz interior ou referências no exterior.
O mais difícil: saltar da cama durante a noite
para ir fazer uma manobra nas velas, sem ter ainda os olhos bem abertos e
focados.
A melhor parte foi mesmo calcorrear a ilha de Santo Antão;
a de São Vicente;
(Legenda: "S.O.S. De tanto poluir acabou o mundo")
a de São Nicolau;
(esta é, de todas, a foto que para mim melhor define Cabo Verde)
e a de Santiago:
(Eh! Proibida a cópia e reprodução destas fotos!!!)
Entretanto,
aproveitei para vender o barco a remos Paraguaçú, em Santiago (no dia 12 de
Novembro de 2014, a um australiano com vontade de realizar uma travessia dentro
do Mediterrâneo), e assim amortizar os gastos do projeto que continuavam a crescer
(descontroladamente, com o desfecho desta viagem à vela).
Para compensar a pegada de carbono da viagem de regresso de Cabo Verde em avião, deixei um envelope com o valor correspondente, a dobrar, no meu assento
(13F) do voo TP1532, uma vez que com a reserva via internet, ao perguntarem pela opção de pagamento e ao aceitarem que este fosse feito ao balcão do aeroporto local, negaram-me a possibilidade de contribuir para tal nível de poluição alegando que esta opção estava disponível apenas se tivesse efetuado o pagamento via cartão de crédito!!!
"O que Somos é o que Fazemos e o que Fazemos é o que o Ambiente nos faz Fazer" [John Watson].
Os meus respeitos a todos os seguidores do 'Paraguaçú': alguns fizeram-no assiduamente e não deixaram de me enviar mensagens de alento. O número de seguidores do projeto ficou aquém do esperado, e o resultado (externo) da ação não é demasiado animador. No entanto,
plantar uma árvore em território nacional será um final de ouro para a despedida do projeto Paraguaçú, que tentou agitar consciências para alertar para o problema da desflorestação e poluição da Amazónia e da floresta em geral: esta ação terá lugar no dia 23 de Novembro em Sintra (10h00 na Peninha) - inscrições gratuitas em
http://www.plantarumaarvore.org/inscricao-iniciativas.aspx.
Une-te à iniciativa, inscreve-te e participa.